MOTIVAÇÃO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO MÉDIO
Karen Cristina Chicati


Resumo


O presente estudo teve por objetivo diagnosticar e analisar a motivação dos alunos nas aulas de Educação Física, no ensino médio da rede pública da cidade de Maringá-Paraná. Caracterizou-se como descritivo, tendo como população 12889 alunos de ambos os sexos, com idade entre quinze e dezessete anos, matriculados nas três séries deste nível de ensino. A amostra compôs-se de 240 alunos, escolhidos aleatoriamente de quatro escolas do município. Em cada uma delas foram selecionados 60 alunos sendo 20 de cada série, 10 do sexo feminino e 10 do masculino. O instrumento utilizado foi um questionário composto por dezessete perguntas mistas. Os dados foram analisados através do cálculo de freqüência e porcentual. Os resultados demonstraram que as aulas de Educação Física não estão sendo tão motivantes, pois os alunos vêm recebendo sempre os mesmos conteúdos desde o ensino fundamental, sendo o desporto o mais ministrado. A metodologia mais freqüente tem sido o comando e o ensino aberto, apesar de a maioria dos alunos alegarem que fazem o que querem na aula. A avaliação é feita através da presença e da aula teórico/prática. Os alunos demonstraram possuir um forte interesse pelas aulas, porém os que não se interessam alegaram ser a própria aula um fator de desinteresse, além da falta de melhores locais e materiais. Conclui-se, assim, que não é muito evidente a motivação dos alunos nas aulas de Educação Física no ensino médio.


Palavras-chave


Educação Física; Motivação


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ISSN 0103-3948 (impresso) e ISSN 1983--3083 (on-line) e-mail: revdef@uem.br

 

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EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO MÉDIO: CONCEPÇÕES E REFLEXÕES

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A REFORMA CURRICULAR E A ORGANIZAÇÃO DO ENSINO MÉDIO

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Apresentação 

 O Ensino Médio no Brasil está mudando. A consolidação do Estado democrático, as novas 

tecnologias e as mudanças na produção de  bens, serviços e conhecimentos exigem que a 

escola possibilite aos alunos integrarem-se ao mundo contemporâneo nas dimensões 

fundamentais da cidadania e do trabalho.  

 Partindo de princípios definidos na LDB, o Ministério da Educação, num trabalho 

conjunto com educadores de todo o País, chegou a um novo perfil para o currículo, apoiado 

em competências básicas para a inserção de  nossos jovens na vida  adulta. Tínhamos um 

ensino descontextualizado, compartimentalizado e baseado no acúmulo de informações. Ao 

contrário disso, buscamos dar significado  ao conhecimento escolar, mediante a 

contextualização; evitar a compartimentalização, mediante a  interdisciplinaridade; e 

incentivar o raciocínio e a capacidade de aprender. 

 Estes Parâmetros cumprem o duplo papel de difundir os princípios da reforma curricular e 

orientar o professor, na busca de novas abordagens e metodologias. Ao distribuí-los, temos a 

certeza de contar com a capacidade de  nossos mestres e com o seu empenho no 

aperfeiçoamento da prática educativa. Por  isso, entendemos sua construção como um 

processo contínuo: não só desejamos que influenciem positivamente a prática do professor, 

como esperamos poder, com base nessa prática e no processo de aprendizagem dos alunos, 

revê-los e aperfeiçoá-los.  (PCN ensino médio)

 

O novo Ensino Médio 

 O Ministério da Educação, por intermédio da Secretaria de Educação Média e 
Tecnológica, organizou, na atual administração, o projeto de reforma do Ensino Médio como 
parte de uma política mais geral de desenvolvimento social, que prioriza as ações na área da 
educação. 
 O Brasil, como os demais países da América Latina, está empenhado em promover 
reformas na área educacional que permitam superar o quadro de extrema desvantagem em 
relação aos índices de escolarização e de nível de conhecimento que apresentam os países 
desenvolvidos.  
  Particularmente, no que se refere ao Ensino Médio, dois fatores de natureza muito diversa, 
mas que mantêm entre si relações observáveis, passam a determinar a urgência em se 
repensar as diretrizes gerais e os parâmetros curriculares que orientam esse nível de ensino.  
  Primeiramente, o fator econômico se apresenta e se define pela ruptura tecnológica 
característica da chamada terceira revolução técnico-industrial, na qual os avanços da microeletrônica têm um papel preponderante, e, a partir década de 80, se acentuam no País.  
 A denominada “revolução informática” promove mudanças radicais na área do 
conhecimento, que passa a ocupar um lugar central nos processos de desenvolvimento, em 
geral. É possível afirmar que, nas próximas décadas, a educação vá se transformar mais 
rapidamente do que em muitas outras, em função de uma nova compreensão teórica sobre o 
papel da escola, estimulada pela incorporação das novas tecnologias.  
 As propostas de reforma curricular para o Ensino Médio se pautam nas constatações sobre 
as mudanças no conhecimento e seus desdobramentos, no que se refere à produção e às 
relações sociais de modo geral.  
 Nas décadas de 60 e 70, considerando o nível de desenvolvimento da industrialização na 
América Latina, a política educacional vigente  priorizou, como finalidade para o Ensino 
Médio, a formação de especialistas capazes de  dominar a utilização de maquinarias ou de 
dirigir processos de produção. Esta tendência levou o Brasil, na década de 70, a propor a 
profissionalização compulsória,  estratégia que também visava a diminuir a pressão da 
demanda sobre o Ensino Superior. 
 Na década de 90, enfrentamos um desafio de outra ordem. O volume de informações, 
produzido em decorrência das novas tecnologias, é constantemente superado, colocando 
novos parâmetros para a formação dos cidadãos. Não se trata de acumular conhecimentos. 
 A formação do aluno deve ter como alvo principal a aquisição de conhecimentos básicos, 
a preparação científica e a capacidade de utilizar as diferentes tecnologias relativas às 
áreas de atuação.  
 Propõe-se, no nível do Ensino Médio, a formação geral, em oposição à formação 
específica; o desenvolvimento de capacidades de pesquisar, buscar informações, analisá-las e 
selecioná-las; a capacidade de aprender, criar, formular, ao invés do simples exercício de 
memorização.  
 
São estes os princípios mais gerais que  orientam a reformulação curricular do Ensino 
Médio e que se expressam na nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação – Lei 9.394/96.  
 Se é necessário pensar em reformas curriculares, levando em conta as mudanças 
estruturais que alteram a produção e a própria organização da sociedade que identificamos 
como fator econômico, não é menos importante conhecer e analisar as condições em que se 
desenvolve o sistema educacional do País. 
 No Brasil, o Ensino Médio foi o que mais se expandiu, considerando como ponto de 
partida a década de 80. De 1988 a 1997, o crescimento da demanda superou 90% das 
matrículas até então existentes. Em apenas um ano, de 1996 a 1997, as matrículas no Ensino 
Médio cresceram 11,6%.  
 É importante destacar, entretanto, que o índice de escolarização líquida neste nível de 
ensino, considerada a população de 15 a 17 anos, não ultrapassa 25%, o que coloca o Brasil 
em situação de desigualdade em relação a muitos países, inclusive da América Latina.  
 Nos países do Cone Sul, por exemplo, o índice de escolarização alcança de 55% a 60%, e 
na maioria dos países de língua inglesa do Caribe, cerca de 70%.  
 O padrão de crescimento das matrículas no Ensino Médio no Brasil, entretanto, tem 
características que nos permitem destacar as suas relações com as mudanças que vêm 
ocorrendo na sociedade.  
 As matrículas se concentram nas redes públicas estaduais e no período noturno. Os estudos 
desenvolvidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), quando 
da avaliação dos concluintes do Ensino Médio em nove Estados, revelam que 54% dos alunos 
são originários de famílias com renda mensal de até seis salários mínimos e, na Bahia, 
Pernambuco e Rio Grande do Norte, mais de 50% destes têm renda familiar de até três 
salários mínimos. 
 É possível concluir que parte dos grupos sociais até então excluídos tenha tido 
oportunidade de continuar os estudos em função do término do Ensino Fundamental, ou que 
esse mesmo grupo esteja retornando à escola, dada a compreensão sobre a importância da 
escolaridade, em função das novas exigências do mundo do trabalho. 
 Pensar um novo currículo para o Ensino Médio coloca em presença estes dois fatores: as 
mudanças estruturais que decorrem da  chamada “revolução do conhecimento”, 
alterando o modo de organização do trabalho e as relações sociais; e a expansão 
crescente da rede pública, que deverá atender a padrões de qualidade que se coadunem 
com as exigências desta sociedade.  

 

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